O tema “Esquema de Montagem” continua um desafio para a indústria moveleira sob diversos aspectos. Entre tantos, acreditamos que três deles sejam os cruciais que possam permitir uma valorização deste documento.
O primeiro de todos eles é a exigência do Cliente e utilização por parte do montador. Tomando em mente o manual de um automóvel, a planta de uma casa, até mesmo o manual de uma simples calculadora, celular ou brinquedo, quando comparamos os valores de compra destes produtos, obviamente que o móvel mereceria muito mais cuidado.
O esquema de montagem de um móvel é seu manual, precisa ser seguido e deve ser guardado, seja para posteriores remontagens, para solicitação de peças de reposição ou mesmo como certificado de garantia. O esclarecimento do consumidor e a conscientização e/ou profissionalização do montador reverteriam este primeiro aspecto de uma maneira bastante positiva.
Um segundo aspecto seria a visão do fabricante sobre o Esquema de Montagem como custo no produto. Obviamente que este fabricante não costuma avaliar o tempo gasto com telefonemas, e-mails, dedicação de seus profissionais com a identificação do produto bem como da peça descrita pelo cliente.
Um segundo aspecto seria a visão do fabricante sobre o Esquema de Montagem como custo no produto. Obviamente que este fabricante não costuma avaliar o tempo gasto com telefonemas, e-mails, dedicação de seus profissionais com a identificação do produto bem como da peça descrita pelo cliente.
Sumarizando esses custos invisíveis, ficamos chocados com o potencial de minimização de problemas que um esquema de montagem bem elaborado pode proporcionar. Um estudo de profundidade mediana levado de maneira séria pelo fabricante eliminaria radicalmente o pensamento deste item como custo para o produto.
Terceiro aspecto e aqui podemos contribuir levantando uma bandeira. A obrigatoriedade da existência deste documento e sua respectiva padronização, exigida pelos órgãos regulamentadores do setor e de proteção ao consumidor.
Um esquema de montagem precisa seguir uma liturgia para considerar-se bem elaborado. Basicamente existem 2 tipos de esquema de montagem altamente difundidos entre os fabricantes.
Um esquema de montagem precisa seguir uma liturgia para considerar-se bem elaborado. Basicamente existem 2 tipos de esquema de montagem altamente difundidos entre os fabricantes.
Desta maneira vamos detalhar os elementos mínimos necessários para a elaboração de um esquema de montagem funcional.
- Código do esquema de montagem
- Código e descrição dos produtos aos quais se aplica, lote de fabricação e controle de versão dos produtos do esquema.
- Características Técnicas do Produto - L.A.P., Peso Líquido, Peso Bruto e quantidade de caixas/volumes (n)
- Características técnicas dos volumes – identificação dos volumes (m) de (n), l.a.p., peso bruto e cubagem
- Nome e endereço da empresa e contato do SAC
- Vista do produto Final montado
- Vista explodida dos itens
- Tempo de montagem aproximado
- Ferramentas necessárias para a execução do trabalho
- Relação de peças do produto com quantidades e identificação dos volumes onde se encontram (Classificar com números)
- Listagem de ferragens e acessórios necessários e respectivas quantidades (Classificar com letras para diferenciar das peças). Representá-las graficamente.
- Representação esquemática do passo-a-passo no estilo de montagem horizontal. Visto que muitas vezes o móvel pode ser montado tanto na horizontal (deitado) como na vertical (em pé), onde este segundo é recomendado apenas quando existem restrições ao espaço de trabalho e movimentação. Fica facultativo representar o segundo método.
- Representações esquemáticas com chamadas dos detalhe durante o passo-a-passo para pontos críticos ou muito pequenos, de maneira a torná-los mais claros.
- Informações relativas à composição de matérias-primas do produto.
- Informações relativas à limpeza e conservação do produto.
- Identificação do responsável técnico pela elaboração do esquema. Nome do responsável ou simplesmente departamento de criação.
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